segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pré Vestibular: Expoente, Barddal

Coordenar a comunicação publicitária de um grande cursinho pré vestibular nos anos 90 era uma verdadeira loucura. Como profissional de atendimento, eu chegava a ir duas vezes por dia na sede do Expoente para definir uma série de coisas (lembrando que o máximo de tecnologia disponível era o fax ... ) a equipe da agência virava noites revisando anúncios dos aprovados para mandar para os jornais...  a tensão era enorme... a concorrência violenta... e o povo acha que a nossa vida é strass, quando na verdade não passa de puro stress


Pré Vestibular Expoente 
Campanha: "Vestibular é Pressão" - 1996


Uma campanha que causou muito falatório num tempo em que não havia redes sociais para o público se manifestar, foi a que criamos para o cursinho Expoente. Com base na pressão que os candidatos ao vestibular sofrem, mostramos ao pé da letra como eles se sentem. 

Na época, recebemos manifestações de apoio total da moçada assim como de repúdio total de alguns pais e avós, ou seja: o valor investido na TV não passou despercebido. Foi muito bacana chamar a comunidade para este debate.



Pré Vestibular Expoente
Campanha: "Desafio" - 1995


Uma campanha muito audaciosa do cursinho pré-vestibular Expoente, veiculada em 1995 lançava um desafio: se o aluno não conseguisse passar no vestibular, o Expoente devolvia o dinheiro ... 

O comercial precisava deixar isso muito claro especialmente para os pais, por isso saímos do tradicional filme com adolescentes e usamos a figura do pai para passar a mensagem... realmente valia tudo para trazer o maior número de alunos às salas de aula.

O pior era que a cada novo semestre precisávamos pensar em alternativas novas, pois a concorrência era muito feroz. Foram vários anos que valeram muitas noites mal dormidas porém muitas vitórias.



Pré Vestibular Expoente
Campanha: "Equipe" - 1993



Visando valorizar a equipe de professores que "fazia de tudo para o aluno passar", criamos esta campanha focada na imagem dos professores "carregando" o aluno para a Universidade, enquanto ele está tranquilo, pois, além dos professores, conta também com o material Expoente em mãos. 

As campanhas para semi-extensivo são, em geral, as mais agressivas, onde a concorrência mostra suas garras. É o momento em que pais e alunos precisam tomar uma decisão e não há muito tempo para voltar atrás. Por isso privilegiamos o uso de imagens de impacto, com grande simbolismo e sempre focadas na figura do aluno.




Pré Vestibular Expoente
Campanha: "Limites" - 1994


Buscando comunicar o conceito de semi-extensivo maior que os semi tradicionais, esta campanha conseguiu "roubar" a atenção dos jovens para o novo produto que passou a ser chamado de Intensivão. Em todas as peças deixamos claro graficamente que os limites eram pequenos demais, como na foto do out door com aplique, onde o rosto alegre do aluno "passa dos limites".




Pré Vestibular Expoente
Campanha: "Velhas Fórmulas" - 1995


Com o sucesso do produto Intensivão, foi criada nova campanha para os semestres seguintes, desta vez com TV e demais peças publicitárias. 


Pré Vestibular Expoente
Campanha: "Tá na Cara" - 1996


Pré Vestibular Barddal
Campanha: "Vestibarddal" - 1993


A campanha "Vestibarddal" para o cursinho pré vestibular Barddal foi direcionada ao  público adolescente de classe B/C.

Pegando carona no sucesso dos caras-pintadas - jovens que ganharam as ruas do Brasil para pedir a saída do então presidente Fernando Collor, esta campanha privilegiou as cores azul e verde da marca do curso e criou a figura do "vestibarddal", mistura das palavras: Vestiba com Barddal.

Por ser uma marca muito tradicional na cidade, o "B" ficou em evidência, favorecendo a leitura e imediata identificação nas peças gráficas.

O recall foi muito satisfatório e, neste embalo, criamos a campanha para o semestre seguinte, com peças para rádio, out door, camisetas e uma faixa amarela (estilo bandana) que dizia: "você vai passar - ponha isso na cabeça". 

Esta frase cumpria a missão de elevar a auto confiança dos alunos que, por estudarem num curso mais barato, achavam que não seriam capazes de passar no vestibular mais concorrido: o da Universidade Federal. 

Durante uma viagem, lendo um livro sobre motivação, achei que "por algo na cabeça" não deveria ser somente no sentido das idéias, mas também deveria haver algo concreto para lembrar-lhes que era a cabeça deles que os levaria a passar no vestibular. 

O conceito foi muito bem recebido, não apenas pela diretoria do cursinho, como também pelos professores que decidiram dar aulas com a tal bandana na cabeça. Isso começou a criar nos alunos o desejo de ter também a sua própria bandana. Os professores aproveitaram para estimulá-los a direcionar o pensamento à aprovação. Na revisão de véspera, cada aluno recebeu sua bandana e foi uma festa!

Como o pagode era o hit daquele ano, criamos uma letra para ser tocada nos intervalos de aula e na programação jovem das emissoras, com a letra:

Vestibarddal, tá no pique tá legal
A moçada preparada pra passar na Federal
Vestibarddal , você vai, vai, vai passar
Ponha isso na cabeça e vamos pro vestibular.


Para o semestre seguinte, já com resultados muito melhores, o curso liberou verba para a TV, além das outras mídias, cujo filme está postado a seguir:



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